sábado, 22 de janeiro de 2011

Led Zeppelin - Coda

Artista: Led Zeppelin
Ano de lançamento: 1982
Número de faixas: 8
Duração: 33 minutos














Sempre que se fala em Led Zeppelin, o primeiro álbum que vem a cabeça das pessoas é o "Led Zeppelin IV", o que não é de se espantar já que ele contém três dos maiores clássicos da banda: "Black Dog", "Rock N' Roll" e "Stairway To Heaven". Porém, a discografia do Led está longe de se resumir a este único CD, na verdade, eles lançaram um total de 9 discos de estúdio e 1 ao vivo em 10 anos de carreira e poderiam ter lançado muito mais não fosse a trágica e bizarra morte do baterista John Bonham, que se afogou no próprio vômito depois de tomar cerca de 40 doses de vodka no dia 25 de setembro de 1980.
Após a morte de Bonham os outros integrantes decidiram acabar com o grupo e seguir cada um pra sua carreira solo, se reunindo para shows apenas algumas poucas vezes desde então. Mas o fim da banda não significou o fim dos lançamentos. Após 1980, vários discos ao vivo ou com sobras de estúdios foram lançados, entre eles o fantástico "BBC Sessions", de 1997, um disco duplo que como o nome indica contém gravações ao vivo feitas para a BBC em diversos momentos, e o disco "Coda" de 1982, que é o foco desta resenha.

O álbum

"Coda" foi lançado em 1982 e contém sobras de gravações e versões ao vivo, segundo Jimmy Page o álbum foi feito porque eles descobriram que os fãs viviam correndo atrás de bootlegs, e então, nas palavras dele: " Nós pensamos: se isso atrai tanto interesse, então talvez devêssemos lançar o resto das nossas gravações de estúdio", em outras palavras o que ele quis dizer foi "porque lucrar apenas com os álbuns oficiais se podemos lucrar também com o que sobrou?".
Voltemos ao que interessa, o disco é composto de 8 canções, sendo duas ao vivo e as restantes canções inéditas gravadas em estúdio mesmo, e já que estamos falando das músicas, vamos a elas:

As músicas

1 - We're Gonna Groove: É ao vivo, mas foi editada para que o som da platéia não aparecesse, mas isso não tira a energia típica das apresentações do Led. Curta e grossa, é a mais pesadinha de todas, boa de ouvir mas nada marcante. Eu até poderia dizer que a bateria se destaca, mas dizer isso de uma música do Led Zeppelin é o cúmulo do pleonasmo.

2 - Poor Tom:  Canção de estúdio, começa só com a bateria e a voz do Robert Plant, depois é introduzido um violãozinho. É bem bonitinha e calma, lembra as músicas acústicas do "Led Zeppelin III".

3 - I Can't Quit You Baby: É a partir daqui que a coisa começa a ficar boa de verdade! Outra versão ao vivo e também editada, essa é uma das melhores (e mais curtas) versões de "I Can't Quit You Baby" que eu já ouvi, e olha que as do "BBC Sessions" são absurdas! O solo de guitarra é inspirado, o baixo do John Paul Jones, como sempre, age como a paz no meio da tempestade. Enquanto a guitarra grita raivosa, o baixo vai na maior calma do mundo, como se nada estivesse acontecendo, só dando a base pro Jimmy Page ser feliz. E a bateria, de novo, eu nem vou comentar. E a voz do Plant já conquista logo na primeira nota.

4 - Walter's Walk:  O problema dessa música é que ela fica entre duas melhores do que ela, então apesar de ser boa, você fica torcendo pra ela acabar logo mas não tem coragem de pular pra próxima por ser muito legal. É a segunda mais pesada do disco, que no geral é bem blues e dançante, da vontade de levantar da cadeira e dançar na sacada \o/.

5 - Ozone Baby: A segunda melhor música do disco! Ritmo dançante, refrão grudento e pronunciado de um jeito bem "particular" ("uuuh is ma on tru lôô, ma ma oon"). Ótima pra desaprender a falar inglês enquanto canta junto.

6 - Darlene: A melhor música do disco! "Uuh Uh Darlanimm yê", essa "frase" não sai da cabeça nem com reza brava, mas não incomoda, pode ficar tranquilo. O piano é destaque aqui, nessa que é a música mais "boogie-woogie", principalmente depois dos 3:07 min, quando ela vira praticamente outra música. Até então ela era um blues arrumado e depois vira um rockabilly digno dos anos 50, o que na minha opinião é a cara do Plant. Sério, ele nasceu na época errada.

7 - Bonzo's Montreux: "Bonzo" é o apelido do John Bonham, logo tinha que ser um solo de bateria de 4:19 min. Perfeito pra ficar batucando na mesa se sentindo o Deus do Metal, até a sua caneta bic estourar, é claro. Vale ressaltar os metais que fazem companhia pro nosso querido Johnny.

8 - Wearing and Tearing: Já começa roots, com todos os instrumentos "correndo". Mais um refrão legal e impossível de compreender. Durante muitos momentos desse disco, se você fez curso de inglês, vai sentir que não aprendeu absolutamente nada porque é impossível entender o que diabos o Plant está dizendo, mas fique tranquilo, fiz uma pesquisa de campo e descobri que muita gente não entende o que ele fala, ou seja, o problema não somos nós e sim o Roberto Planta que não sabe falar. Parece o Renato Russo: tem uma voz fantástica e uma dicção sofrível.

E chegamos ao fim de um dos cds mais legais de uma das bandas mais legais que já existiu. Hora de apertar o play e ouvir tudo de novo \m/