segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

The Queen Bitch

 

david_bowie

David Bowie! Amo esse homem. Canta bem, fala bem, atua bem, é lindo, é fofo, ri igual criança, até pra escolher uma esposa ele fez direito: a Iman é a cara dele (não no sentido de parecida, e sim no de combinar. É melhor deixar claro...). E mesmo a Angela era perfeita pros tempos de Ziggy Stardust.

Mas eu não estou aqui pra falar de suas mulheres. Estou aqui pra falar sobre ele.

The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars

 

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Taí um CD que eu posso chamar de perfeito. Não tem uma música nele que seja ruim. The Rise and Fall of... conta a história de um alienígena (o Ziggy) que veio pra salvar o planeta Terra que acabará em 5 anos, porém a fama o desvirtua de suas intenções e ele acaba cometendo suicídio. Que outro CD tem um tema tão legal assim? Eu não sei como ninguém gravou um filme disso ainda (ou gravou?). E tão genial quanto o conceito são as musicas em si. Não da pra não gostar, são tristes, dançantes, desesperadas, apaixonadas, é lindo. Sem contar que essa é uma das fases mais legais do Bowie. Figurinos tão caprichados quanto estranhos, shows performáticos, com direito a mímica, coreografias e simulação de sexo oral na guitarra do Mick Ronson. E ainda tem o visual, com os cabelos bem vermelhos, a maquiagem pesada e a ausência de sobrancelhas.  

Fortemente recomendado pros não iniciados na música do Camaleão.

 

Apesar de estar escrito “Ziggy Stardust” o nome da música é “Moonage Daydream”

Hunky Dory

 

hunky

Quase tão bom quanto o The Rise..., tem dois dos grandes clássicos de sua carreira: Changes e Life on Mars?. No entanto, todas as outras músicas são ótimas, não da vontade de pular nenhuma e a melhor, sem dúvida, é Queen Bitch, que conta a história de uma Drag Queen. E esse é um dos motivos de eu gostar tanto do Bowie, ele não tem medo de falar sobre absolutamente nada, não existe tabu pra esse moço e por isso ele é tão importante pra música: se hoje (e por "hoje" eu quero dizer desde os anos 80) os músicos tem liberdade pra se vestir, portar e cantar da maneira que quiserem é graças ao pioneirismo dele. Independentemente do gosto duvidoso de alguns de seus figurinos, eles foram parte de uma revolução no mundinho da música. Se no início o rock n'roll era formado por meninos arrumadinhos e comportados (Beatles, Beach Boys, Hollies...), e depois foi dominado por meninos malvados e cabeludos (Beatles de novo, Rolling Stones, Led Zeppelin...), foi o Bowie quem chutou o pau da barraca e mostrou que no mundo do rock tem espaço pra todo mundo, desde a androginia do Ziggy (o que o tornou o maior nome do Glam Rock) até a classe do Thin White Duke, passando pela fase pop dos anos 80. E na música propriamente dita, é difícil falar em um ritmo que ele não tenha tocado - seu apelido de camaleão do rock não foi dado por acaso - rock, pop, soul, disco, eletrônica, instrumental, experimental, ele fez de tudo um pouco e tudo muito bem. E influenciou uma enormidade de gente em todos esses estilos. Se hoje o seu ídolo se veste de carne, Pato Donald, usa sutiãs cônicos, se canta sobre sexo, drogas, rock’n’roll, o preço da fama, a decadência das grandes estrelas, a decadência da sociedade, se pode se assumir homo ou bissexual, se pode causar sem medo de ser feliz, não tenha dúvidas: o caminho que eles trilham em boa parte foi o Bowie quem pavimentou. 

Na música, no cinema, na moda, o mundo como o conhecemos seria um tanto diferente sem David Bowie. Bem mais sem-graça.

 

Low

 

low

 

Low é o primeiro disco da chamada Trilogia de Berlim, que não é nada mais do que três CD's gravados em Berlim (duh!) e que estão entre os mais influentes de sua carreira. Apesar disso, os seus tempos em Berlim não foram dos melhores. Usando mais drogas do que nunca, obcecado em pintura e Krautrock, David viajou rumo a Europa, passando um tempo na Suíça e depois se estabelecendo em Berlim pra poder ficar mais perto da onda de arte moderna que tomava conta da região. Mas ele não foi sozinho, contou a ajuda de Brian Eno na produção e dividia apartamento com o Iggy Pop, que tinha acabado de conhecer. Entre um disco e outro, Bowie também ajudava Iggy: contribuiu com letras e melodias pra dois discos: Lust for Life e The Idiot. Foram esses lançamentos que tiraram Iggy do ostracismo. 

Enquanto isso, eles usavam todas as substâncias lícitas e ilícitas imagináveis. Mas como ninguém consegue viver desse jeito por muito tempo, a parceria Bowie-Pop-Eno acabou no fim da década de 70.

Voltando ao Low, é um disco difícil. Cheio de experimentalismo devido a uma forte influência do rock industrial alemão, contém as suas primeiras músicas instrumentais. Admito que eu mesma ainda não o digeri totalmente, tem coisa ali que ainda não desceu direito, mas aos poucos eu vou me rendendo. Sabe aquele som que te conquista com o tempo? esse é tom geral de Low.

Fortemente não-recomendado aos não iniciados na música do Camaleão.

 

Linhas gerais

Isso foi só uma amostra do que é David Bowie. Uma pequena parte da grande história desse cara que é um dos meus maiores ídolos.

Se hoje as pessoas se chocam com a Lady Gaga, eu imagino o barulho que ele não fez nos anos 70. Pena ter muita gente, e eu não me refiro só aos jovens, que parece não saber disso. Que acha que tudo o que existe hoje surgiu do nada, era uma vez um mundo vazio e BUM: surgiu Lady Gaga. Não tenho nada contra a moça, bem que faltava alguém pra colocar pimenta nesses tempos politicamente corretos no qual vivemos. Sem dúvidas ele vai entrar pra história assim como Madonna. O que me revolta, no entanto, é ver gente por aí achando que ela é original do início ao fim. Não queridos, ela merece o mérito pela coragem de ser estranha, mas a estranheza foi inventada muito antes e por muita gente. David Bowie foi só uma dessas pessoas. E na minha opinião, a melhor de todas.

 

Eu adoro falar de política entre outras coisas polêmicas (alguém gritou aborto?), mas eu raramente escrevo sobre isso aqui. "Oh, Gabriela, porque?" não sei.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sexta-feira à noite: eu tenho a sensação de que sou a única pessoa com menos de 122 anos que está em casa.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

*Retificando*

Falando em protesto e informação, dia 26/02, às 9h, terá um em Brasília em frente ao Congresso Nacional, contra a definição do salário mínimo por decreto. Fonte: http://twitter.com/#!/search/%23abaixodecreto
Eu não vou porque moro em São Paulo, mas dou total apoio a causa. Afinal, ainda vivemos uma democracia. Ou será que não?

*Vai ter em SP também, no mesmo dia e horário, na Av. Paulista. É bem capaz de ter em outras cidades do país também, é só caçar internet afora e descobrir se vai ter na sua.

127 Horas



Título Original: 127 Hours
País de Origem: EUA e UK
Ano de lançamento: 2010
Direção: Danny Boyle
Elenco:

James Franco
Kate Mara
Amber Tamblyn
Sean Bott


Sinopse: Um rapaz está se aventurando no Grand Canyon quando, de repente, ele cai e fica com o braço preso numa rocha. Só isso. Ah, e é baseado em fatos reais.


Minha opinião: Uou. Como deu pra perceber pela resenha, a história não é cheia de detalhes e reviravoltas, o  elenco é mínimo e o cenário é praticamente o mesmo a sessão inteira, ou seja, tem tudo pra ser um filme super chato. Mas ele não fica chato em momento algum. O tempo todo se torce pro cara conseguir sair dali, se sofre com ele e ri também, pois por incrível que pareça, mesmo numa situação extrema como aquela ele conseguiu manter o bom humor. No entanto, o bom humor só dura até a fatídica cena do braço. Cara, que nervoso, não me perguntem exatamente como foi pois eu simplesmente não consegui olhar pra tela até o final dela. Ele precisou de 5 dias pra tomar a decisão, eu demoraria no mínimo uma semana pra ter coragem de fazer o que ele fez.
A fotografia é linda, eu não sabia que o Grand Canyon era tão bonito. E a atuação do James Franco é digna de nota, não é por acaso a indicação dele ao Oscar de Melhor Ator. E é legal ver como ele evoluiu desde o Homem-Aranha.

Imprensa golpista?



Mas ler o que? eis a questão. Eu me decepcionei profundamente com o Observatório de Imprensa, considerado um oásis de auto-crítica inteligente da mídia em geral. A Piauí é ótima, mas não se encaixa na descrição "jornais que não sejam dos grandes conglomerados". Na verdade, acho que o boca-a-boca, blogs e jornais não-comerciais são a melhor fonte quando o assunto é "subversão". Caso contrário, em qualquer jornal que visa o lucro, estamos sempre a mercê das vontades dos patrocinadores e da vontade de vender dos donos, por mais que os jornalistas tenham boa vontade. O que fazer então? não acreditar em tudo o que se lê ou ouve por aí já é básico. Pensar e criticar - positiva ou negativamente - as informações que se recebe devia ser básico também. É preciso estar sempre de olho, duvidar do que dizem jornalistas, colunistas, supostos especialistas, autoridades, políticos, colegas, professores, blogueiros. Claro que não é pra viver na paranóia, mas também não se pode ser ingênuo e engolir qualquer coisa que jogam na nossa cara. Se você acha que está errado, discorde. Não é só porque fulano falou que está certo. Se ele estiver certo mesmo, mais cedo ou mais tarde você vai se convencer. Mas aí é preciso ter humildade. Ter a mesma opinião a vida inteira NÃO é motivo de orgulho nem sinal de personalidade, é sinal de bitolação e egocentrismo. Ninguém está certo sobre tudo o tempo todo, é preciso ter sempre coragem e vontade de admitir que sim, eu errei. Se eu tinha tal opinião e agora eu vejo que eu estava errada, o mais sensato a fazer é admitir isso e mudar de opinião. Isso não é ser hipócrita, fraco ou manipulável. Hipocrisia é defender uma causa acreditando em outra, fraqueza é não ter força pra reconhecer os próprios erros e manipulável é quem acredita em qualquer coisa e toma isso como lei, sem pensar se realmente faz sentido. Isso vale pra jornalistas e leitores, pra alunos e professores. Mas se você acredita continue acreditando, pelo menos até alguém te convencer do contrário. Não é porque o William Bonner falou, ou deixou de falar, que tal coisa é certa, errada ou não existe.
Se você acha que o que eu disse não faz o menor sentido, continue assim. Afinal, quem sou pra ditar o certo e o errado?

Imprensa golpista!



Ultimamente a mídia tem me irritado profundamente. A ponto de eu usar expressões esquerdistas - que eu odeio - como mídia golpista/manipuladora/elitista, mas é isso mesmo. No site da Folha, R7, G1, UOL, Yahoo e etc., só se fala de BBB, celebridades e futebol. O único que escapa é o Estadão, que ainda assim me irrita com o excesso de notícias sobre futebol, mas pelo menos não fica falando do novo casal do Big Brother Brasil.
Mas não é só a imprensa escrita (ou via internet), a TV também está com tudo e não ta prosa. Esses dias na Globo passou uma matéria sobre a alimentação das crianças. Segundo a pesquisa, nos últimos 20 ou 30 anos aumentou 89% o número de crianças obesas, que péssimo. Falaram de todos os males da obesidade e tudo o que todas as matérias sobre esse assunto - que nos últimos tempos pulula na TV - falam. O que me deixa com raiva, no entanto, é que eu nunca vejo nenhuma matéria dessas citar o fato de que o número de crianças desnutridas diminui drasticamente. Eu me lembro de quando eu era criança, no Globo Repórter sempre passavam matérias sobre a fome e a desnutrição no Brasil, sobre todos os males que a falta de comida na infância traz e de como era importante superar isso. Agora que nós conseguimos, se não superar totalmente, melhorar muito nesse aspecto, ninguém fala mais no assunto. Poxa, custa olhar pras coisas boas de vez em quando? porque só falar do que há de ruim no país? tem que falar de obesidade, tem, é um problema sério e a informação é uma arma fundamental, mas naquela matéria em especial cabia perfeitamente lembrar que se hoje sobra comida, antigamente faltava. E fome mata muito mais rápido do que gordura trans.
E outra coisa, nos últimos dias vários protestos tem acontecido em São Paulo devido ao aumento da passagem do ônibus e do metrô e da pra contar nos dedos quantos jornais noticiaram e ainda assim, só porque um menino foi baleado. E o destaque foi mínimo. E não foi meia dúzia de pessoas não, no dia em que esse menino foi baleado haviam 500 pessoas no local, incluindo dois vereadores (demagogos provavelmente). E ninguém fala nada, ninguém fica sabendo. E depois eu tenho que ouvir nego dizendo que brasileiro é conformista, aguenta tudo calado, porque no Egito bla bla bla. Ah por favor! Não me venha comparar Egito com Brasil. Lá existia uma ditadura que durou trinta anos, e ainda assim os estudantes só foram as ruas quando economia estava mal. Ninguém tinha emprego, ninguém tinha dinheiro. Foi isso que despertou a ira das pessoas e não a falta de liberdade ou a corrupção. E a nossa querida imprensa fala todo santo dia dos protestos da Primavera Árabe (tenho que admitir que amei o nome), no entanto se limita a uma nota quando o mesmo acontece no Brasil. E como o povo parece ver os jornais como Messias, fica falando merda de si mesmo. Se convence de que nós somos assim e passam a agir assim, porque pensa que todo mundo é cordeirinho do Governo. Procurem outras fontes de informação, leiam outros jornais que não sejam dos grandes conglomerados. Se informem de verdade, quem sabe param de falar merda.
Tem horas que eu não sei o que me revolta mais, o Governo, a Mídia ou o Povo.

Um pequeno plágio de mim mesma.


'Só no mês de fevereiro, aconteceram 75 manifestações na capital paulista, sendo 23 delas na última semana.' - o problema é que a imprensa não mostra, a menos que alguém morra ou seja hospitalizado, mas protestos acontecem sempre, é só se informar e ir pegar em armas. Pode parecer que eu estou te criticando, mas é que eu acho que os brasileiros, e principalmente os jovens, tem uma visão muito distorcida de si mesmos. A mídia não noticia porque ela quer evitar que aconteçam protestos, aí só porque a gente não vê na TV acha que eles não existem e que os brasileiros aceitam tudo calados e a realidade não é bem assim. Só o salário mínimo que não tem o que protestar, ele é impossível, no momento, de ser R$600,00 não por causa de roubalheira, dessa vez a corrupção não tem nada a ver com isso, é uma questão puramente econômica: quanto mais dinheiro as pessoas tem, mais elas gastam, quanto mais elas gastam mais o preço das coisas sobe e menos o dinheiro vale. Não da pra sair atirando dinheiro no mercado de uma hora pra outra, é triste mas é verdade. Essa matéria da Superinteressante fala exatamente sobre isso: http://super.abril.com.br/cotidiano/salario-minimo-subisse-r-1-000-447601.shtml
Quanto a má distribuição de renda, eu concordo contigo plenamente."

Isso é um scrap que eu mandei pra um amigo meu e como eu queria falar sobre o mesmo assunto aqui e ao mesmo tempo não queria repetir tudo de novo, recortei e colei.

É, acho que já estou me acostumando a acordar cedo. Continuo na preguiça mas bem melhor do que na última semana, eu estou feliz, a realidade é essa. O curso é legal, as pessoas são legais, os livros não são tão legais mas foda-se. Ah, e eu estou parando de falar palavrão. Não que eu seja daquelas que acha que mulher não pode xingar, eu acho isso uma das coisas mais ridículas que existem. Uma vez eu vi uma pessoa dizendo que é feio mulher falar palavrão, só homem pode. Eu quase a mandei tomar no cu. Eu estou parando por outro motivo: não é muito legal um SER HUMANO ficar usando palavras de baixo calão toda hora. Desde o ano passado eu venho diminuindo o ritmo e agora eu estou num padrão legal, sem medo de usar quando necessário, mas sem exageros.
Finalmente fiz minha matrícula no "clubão" público que tem aqui perto, se tudo der certo vou sair do sedentarismo \o/
E o mais legal: eu precisei fazer uma pesquisa, o melhor site estava em francês e eu conseguir ler sem usar o tradutor do google hora nenhuma *.* Sério, isso me deixou mais feliz do que conseguir a dispensa da aula de inglês até o próximo semestre. Eu estudei francês em 2009 por um ano e precisei parar, e graças a Boudicca não esqueci tudo ainda. Claro que tiveram trechos que eu não entendi, mas no geral deu pra eu me virar.

Que post inútil.

Dizem que sou louca, por pensar assim...

Eu provavelmente "queimei" o meu filme com esse e esse post. A pessoa lê e pensa que eu sou esquizofrênica haha. Normal. Realmente eles são meio fortes, principalmente o primeiro, mas era como eu me sentia na época. É como está escrito na descrição que eu mesma fiz do blog, o único objetivo de sua existência é o de "daqui hás alguns anos, poder ver como eu pensava,quem eu era. Fazer uma viagem no tempo e encontrar comigo mesma aos 17 anos. (...) é tudo muito pessoal e passional e é assim de propósito." E se eu pensei que eu estava meio bizarra, eu tinha que escrever. E eu não vou apagar, não importa o que pensem ou digam. Isso aqui é meio diário mesmo (engraçado, eu nunca tive um). 
Como eu li aqui, "tem dias que é impossível postar confiante e otimista", só que no meu caso eu quero um registro de tudo e então, por pior que sejam as coisas, eu tenho que mantê-las aqui. A vida não é só feita de bons momentos e por algum motivo a tristeza e a loucura são mais inspiradoras do que a felicidade e normalidade.






Eu escrevi esse post há alguns dias atrás, mas só resolvi postar hoje com algumas alterações.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Essa faculdade está acabando comigo. Antes eu ia dormir lá pelas 5 da manhã e tinha o meu auge criativo lá pelas 3 a.m. É só ver os horários de publicação dos posts mais antigos. Agora, acordando as 6 da matina todo dia, são 00:37 e eu já estou morrendo de sono. Sem contar que, em pleno sábado, eu acordei naturalmente as 7 da manhã. COMOASSIMBRASIL?? 7 horas da manhã é hora de algum ser humano acordar em pleno fim de semana? principalmente se esse ser humano só tem aula as 13:00 e pode muito bem acordar às 11... Só que junto com a minha vida madrugativa, foi a minha disposição. Agora eu vivo cansada e com sono, com preguiça de fazer qualquer coisa, nem música direito eu tenho ouvido mais. To sempre com dor de cabeça (e só passa quando eu durmo de novo), e não tenho mais criatividade nenhuma, não é por acaso que fazem séculos que eu não publico uma resenha aqui. Dormir e comer são as únicas coisas que eu tenho disposição pra fazer ultimamente, estou me achando até meio letárgica, espero que eu não fique assim "pra sempre", preciso me acostumar um dia, porque ta foda.
Vejam só que beleza, acabei de terminar a minha redação, ficou uma porcaria mas foi o melhor que eu pude fazer até agora, já fiz os extras de matemática e o livro... bem, eu ia pegar na biblioteca hoje e esqueci, amanhã eu vou lá.
Eu resolvi postar aqui a minha redação, como eu disse está longe de ser um primor... eu descobri que eu não entendo nada de Direito. Nada, nada, nada. E escrever foi difícil pra caramba, eu não sabia como me fazer entender, que palavras usar. Foi um parto difícil.

Eu fiz algumas muitas mudanças na redação, então apaguei a original e a que está aqui é a versão definitiva.



Direito, Moral e Justiça


Direito é um conjunto de normas criadas para regular a sociedade teoricamente de maneira justa. Já Justiça significa tratar as pessoas de maneira igualitária, com os mesmos direitos e deveres, visando manter a ordem. Nem sempre o Direito é justo, muitas vezes ele pode privilegiar uma parte da sociedade em detrimento de outra, às vezes por má índole e outras vezes pela influência da moral. A Moral seria um conjunto de regras de convívio social, uma noção coletiva do que é certo ou errado baseada na cultura do povo em questão, só que essa noção de certo e errado pode não garantir a igualdade de todas as pessoas e mesmo assim ser incorporada pelas leis, que consequentemente não serão justas.
Por exemplo, em alguns países árabes o homem tem o direito de ter várias esposas enquanto as mulheres só podem ter um marido. Isso fere o princípio da igualdade e, por conseguinte, o da justiça. Essa visão da poligamia é claramente influenciada pela religião islâmica e faz parte da cultura desses países. Uma mulher ter vários esposos é considerado imoral pelo povo e pelos órgãos responsáveis pela legislação. Nesse caso o que prevalece não é a justiça e sim um consenso do que é aceitável ou não, de acordo com a moral desses lugares.
A Justiça pode ser considerada universal, afinal todos querem ser tratados com igualdade, já a Moral é um fenômeno variável de acordo com a região e o Direito uma mistura desses dois conceitos, pois são os homens que criam as leis que formam o Direito e essas leis são criadas com base na Moral individual ou coletiva, mas sempre buscando a justiça.
O Direito procura regular a sociedade enquanto a Justiça procura garantir que cada ser humano terá o mesmo tratamento. Outro exemplo: o assassinato. A Moral de um certo povo diz que matar é errado e isso é incorporado pelas leis. A lei é responsável por definir a punição que uma pessoa merece por ter matado outra, punição essa variando de acordo com as circunstancias do crime. A Justiça, por sua vez, seria essa lei ser aplicada igualmente a todas as pessoas. Todos os indivíduos que cometerem esse crime deveriam receber a mesma punição, independentemente da etnia, classe social e etc.
Não obstante, mesmo a definição do que é justo ou não, em certos casos, é nebulosa e acaba sendo decidida com base na moral. Ainda no caso do homicídio, seria justo condenar o assassino a morte por ter tirado a vida de outra pessoa? Se sim, o carrasco também não deveria morrer por tirar a vida de outra pessoa, afinal ele fez a mesma coisa que o condenado, então deve ser tratado da mesma forma. Claro que as circunstancias são diferentes, mas então existem situações em que não é errado tirar a vida de alguém? Que situações são essas? Todas essas questões tentam ser respondidas pela sociedade da forma mais correta possível, no entanto, nesses casos, é impossível dissociar justiça de moralidade, pois não há uma resposta óbvia e definitiva. Então, a única solução é apelar para a moral, para o que é considerado mais justo de acordo com as influencias religiosas e filosóficas e com os  diferentes hábitos e costumes deste determinado povo. As conclusões da maior parte da população viram leis e essas leis formam o Direito.
Dessa forma, Direito, Justiça e Moral, apesar de serem coisas diferentes, ficam estreitamente ligadas, muitas vezes sendo uma influenciada pela outra e outras vezes uma ferindo o princípio da outra.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Agora as aulas começaram pra valer. Já tem trabalho pra semana que vem, e eu ainda não fiz; tem exercício pra próxima aula e eu ainda não fiz; tem um texto que não precisava ler nem tão cedo e esse eu já li. Desse jeito, eu vou longe... Eu sempre faço isso, enrolo o que é importante até o último segundo e me foco no que não tem utilidade, pelo menos não a curto prazo. E no final da tudo certo. Bem vindo ao meu Vagal Way Of Life: preguiça, vagabundagem, tempo livre, sede de cultura inútil e um bom toque de nerdisse. Não serviu pra me fazer passar na Fuvest, mas passei na Fatec e agora eu estou começando a realmente acreditar que isso foi a melhor coisa que me aconteceu: pelo menos no quesito estágio, Comex da um pau em RI. E ainda tem o quesito qualidade de vida: a Zona Leste é pobre mas é limpinha, pior é a USP e seus milionarios metidos a besta da FEA. Sei lá, estou me apegando a Fatec... ela é tão desprezada, tão mal tratada, ninguém lhe dá atenção, ninguém sonha em estudar lá mesmo sendo uma faculdade prestigiada. Poxa, lá é um lugar legal, pelo menos os professores são simpáticos (e tem seus mestrados, doutorados, pós-doutorados, pós-pós-doutorados ad infinitum). E eu já descobri uma palavra nova: extrínseco. Sério, isso mudou a minha vida que nem quando eu descobri a diferença entre "esotérico" e "exotérico" (e isso me lembra que eu tenho que terminar de ler o livro sobre Budismo). E ontem eu aprendi "celeridade" com o José Sarney no jornal. Meu vocabulário ficou 2 palavras mais rico em 2 dias, é algo pra se orgulhar, vai?

O trabalho que eu tenho que fazer é sobre "Direito, Moral e Justiça", é um assunto legal até, eu já devia estar pesquisando e escrevendo horrores sobre o assunto, mas nem comecei. Se eu quiser conseguir a minha monitoria(ultra-mal) remunerada vou precisar ir bem em tudo, então é bom eu começar a fazer alguma coisa logo. Eu emprestei o meu caderno e usei isso como desculpa pra não começar hoje (mesmo tendo todos os tópicos do trabalho na  cabeça), no entanto de amanhã não passa. Talvez eu escreva alguma coisa aqui, não prometo nada.  Que post mais inútil esse né?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Estilo Datena

Esse mês a revista Superinteressante trouxe uma matéria falando sobre o vírus responsável por um pequeno caos nas usinas nucleares do Irã. Até aí beleza. No entanto, a matéria diz o seguinte: "O vírus que salvou o mundo. Um vírus de computador enfrentou o programa nuclear iraniano. E venceu. Conheça a misteriosa história do Stuxnet: o programa que salvou o planeta. Ou que acabou de dar início a 3 guerra mundial".
Ah Superinteressante, faça-me o favor! Salvou o planeta? 3 guerra mundial? Me poupe! Eu sei que vocês precisam vender a revista mas até sensacionalismo tem limite!
Em primeiro lugar, quem até hoje provou que os caras realmente vão fazer uma bomba atômica? "Os EUA"!. O mesmo Estados Unidos que acusou o Iraque de estar abarrotado de armas de destruição em massa, começou uma guerra que dura até hoje e depois admitiu que não tinha arma nenhuma? grande fonte!
Mas vamos supor que realmente haja uma bomba. O que terceira guerra mundial tem a ver com isso? Será que a edição da Super nunca ouviu falar em Guerra fria? EUA e URSS passaram décadas acumulando mísseis e bombas nucleares e nunca estourou guerra alguma. Muito pelo contrário, a guerra era fria. Os únicos combates existentes (guerras das Coreias, Vietnam, etc) foram no estilo tradicional e não chegaram nem perto de um conflito mundial.
"Ah Gabriela, mas o Ahmadinejad é maluco! Se ele tiver uma bomba, ele joga em Israel sem pensar duas vezes!" O Ahmadinejad pode até ser maluco, mas ele não é burro. Israel também tem bombas nucleares e qualquer estrategista de guerra com um pouquinho de cérebro sabe que, se o Irã joga uma bomba em Israel, recebe umas vinte em troca, tanto de Israel quanto dos EUA.
"Sei não hein...". Um exemplo prático: Índia e Paquistão. Ambos tem bombas e estão se matando há anos por causa da Caxemira. Alguma bomba atômica foi lançada? Não. E nem será. Porque bombas atômicas não são feitas pra atacar, são feitas pra se defender. Quando um país faz a sua, o objetivo é evitar o ataque de seus inimigos também "nuclearizados". A partir do momento que o Irã tem uma, ele deixa de correr o risco de ser atacado dessa maneira pro Israel e vice-versa.
"Então porque a comunidade internacional está com tanto medo?" Porque aí eles não poderão mais ameaçar o Irã dessa forma. E o Ahmadinejad, que já não é um cordeirinho, vai ficar mais rebelde ainda. Pode até começar alguma guerra no Oriente, mas não será nuclear e nem mundial, porque guerra, pra ser mundial, tem de acontecer em solo europeu ;)
Ah, e tem outra. EUA e Europa estão numa crise econômica desgraçada. O governo estadunidense* já gastou uma fortuna nas guerras do Iraque e Afeganistão e estão com uma imagem bem feia perante a população, ninguém está a fim de apoiar uma nova guerra.
Guerras de proporções gigantes acontecem, infelizmente é normal, e daqui a pouco vai estourar outra. Mas ela não acontecerá pela via nuclear e muito menos por um desatino do Irã. Ele não comanda aquilo ali sozinho e de loucos os iranianos não tem nada.
A única coisa legal da matéria é a parte que fala da futura guerra cibernética, com um governo invadindo a web do outro e o tal vírus provou a possibilidade disso.
A Super costuma ser uma revista ponderada em suas opiniões, não é de sair correndo atrás do senso comum e sempre procura dar um novo ponto de vista sobre as coisas. Entretanto, dessa vez eles escorregaram feio.

*estadunidense sim, porque eu me recuso a dizer "americanos". Eu nasci na América do Sul e sou americana também, mesmo sem ter eleito o Bush duas vezes. E "norte americanos" os mexicanos e canadenses também são.

Revelações de MSN

Pessoa: Vc gosta de Crepusculo?
Eu: Não...
Pessoa: ahsuahsuahusha SABIA!
Eu: pq?
Pessoa: pq toda garota gosta de Crepusculo e vc é diferente de TODAS.

O.O Segundo a pessoa foi um elogio e eu concordo. Vejo cada garota escrota e retardada por aí, prefiro ser diferente. E eu sempre me senti diferente do resto da população feminina mundial, eu só não imaginava que isso ficava tão na cara assim. A pessoa me conhece há exatos 7 dias! 7 DIAS! E eu pensando que disfarçava a minha esquisitice super bem...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Eu quero voar...


Ok,ok. Exagerei ontem. Eu não estou louca, estou apenas com a sensação de que vou explodir. E o que o Clube da Luta tem a ver com isso?
Bem, a história é a de um cara que vivia tão oprimido tentando ser perfeito, aturando um "emprego que ele odiava para poder comprar um monte de merdas das quais ele não precisava", que ele simplesmente criou um alterego: Tyler Durden. O Tyler era tudo o que ele gostaria de ser. Como diz o próprio Tyler, todo mundo faz isso, as pessoas falam sozinhas, se olham no espelho e imaginam a imagem que elas gostariam de ver refletida, em seus pensamentos dizem e fazem tudo o que gostaria, mas na realidade não fazem nada. O "Cornelius" fez. Chegou uma hora em que o Tyler começou a tomar conta dele, a ganhar vida própria, a falar pela boca dele, a agir pelo corpo dele. Uma vez eu li uma entrevista do David Bowie, onde ele dizia que acabou com aquela história de Ziggy Stardust porque depois de anos interpretando o mesmo personagem, ele começou a tomar conta do verdadeiro do Bowie e ele começou a temer pela própria sanidade mental, ele não se encontrava mais e o jeito de voltar ao normal foi abandonando tudo de uma vez. Foi o que aconteceu com o Cornelius, só que ele não percebeu. Ele fantasiou tanto com o Tyler que ele passou a existir, só que sem que ele percebesse. Ele fez tudo o que o que ele queria porque o Tyler fazia tudo o que queria, ele teve coragem porque o Tyler tinha.
E onde eu entro nessa história toda? "todo mundo faz isso, as pessoas falam sozinhas, se olham no espelho e imaginam a imagem que elas gostariam de ver refletida, em seus pensamentos dizem e fazem tudo o que gostaria, mas na realidade não fazem nada" eu estou começando a fazer. Estou tomando decisões estranhas, por impulsividade, coisa que eu NUNCA fiz, nunca fui impulsiva, sempre pensei 37 vezes antes de fazer ou dizer alguma coisa, mas agora, vez ou outra eu faço o que eu quero sem pensar, tomo atitudes erradas e fico feliz por ter feito, falo coisas que eu não diria normalmente e tenho a sensação de que isso vai acontecer mais e mais. Esse ano está estranho desde o começo, acho que as pressões do ano passado foram o meu "Clube da Luta" e a volta a realidade está servindo como o meu "Projeto Caos". Vendo o filme de novo agora, eu fiquei feliz, é melhor ser Tyler do que Edward Norton. Mais uma vez eu estou com aquela sensação estranha de que algo vai acontecer e mudar tudo, mudar o mundo, só não sei  que. É uma espécie de pressentimento de que algo foderoso vai acontecer, eu posso sentir. E depois disso tudo vai ser diferente.

"Só depois de perder tudo é que ficamos livres para fazer qualquer coisa" - E eu estou me sentindo livre.

http://sabotyler.vilabol.uol.com.br/tylerfiguras/oprojetocaos.htm

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Eu já duvidei da realidade e da minha sanidade mental e agora eu estava ouvindo o Rapaduracast sobre o Clube da Luta (e já estou baixando pra vê-lo de novo) e eu fiquei com medo de me tornar no personagem do Edward Norton, eu já tive meus momentos Tyler Durden, e eu estou realmente com medo de mim mesma, do que pode acontecer, do que sou capaz de fazer.
Vou ver o filme mais uma vez, ele já está no hall dos meus favoritos desde a primeira vez que o vi, porém fazia um tempinho que eu não assistia, agora vou ver com uma nova visão e estou com medo.

Eu nunca coloquei nenhum link pra download aqui, mas nenhum ser humano deveria morrer antes de assistir esse filme: http://cinemacultura.blogspot.com/2010/02/clube-da-luta-1999.html
Faça esse favor a si mesmo e assista.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

To com 6 filmes pra resenhar, mas cadê que a preguiça deixa? asuhsuasuausauhsauh

Minhas aulas "começaram" dia 31. "Começaram" entre aspas porque, na verdade, dia 31 foi só uma apresentação do campus e da faculdade, e essa semana está tendo apenas uma reforço de matemática pros calouros, já que aparentemente todo mundo sofre com as matérias de cálculo depois que os cursos começam pra valer, então eles resolveram fazer um resumão do básico pra ver se a coisa melhora. Graças a Tyr, o meu curso só tem matemática financeira, nada de cálculo integral ou geometria aplicada (levantemos as mãos pro céus em agradecimento aos deuses), mas mesmo assim eu tenho que ir, e mesmo que não fosse obrigatório eu iria, porque eu odeio matemática e não sei p***a nenhuma dessa matéria infernal, no entanto, infelizmente, pra minha desgraça e profundo sofrimento, serei obrigada a aprender um pouquinho, mas até que ta legal.