terça-feira, 31 de maio de 2011

Ça va?

Ontem vi meu antigo professor de francês na estação Barra Funda. Na hora meu coração derreteu e eu fiquei morrendo de vontade de falar com ele mas tive vergonha e fiquei na esperança que ele me visse e falasse comigo.

Hum, que pretensão a minha, pensar que lembraria de mim depois de quase dois anos. Não fui uma aluna tão marcante assim… au contraire (já diria o Sheldon)!
Praticamente abandonei o curso no último mês por incapacidade de apresentar um trabalho, em francês, sozinha, na frente da sala toda. Mais uma vez tive vergonha e essa vergonha me envergonha. Eu fui covarde. Larguei o curso que mais amei fazer na vida por covardia. Arrependo-me até hoje disso, assim como me arrependi de não ter falado com ele ontem, me arrependi na hora, quando o vi virando à direita e indo embora.

Devia ter dito como ele foi importante na minha vida. Ele nem deve sonhar com isso, mas fez parte de um dos melhores momentos dela e fez a língua francesa evoluir de uma coisa legal para uma paixão, aprende-la de verdade é um dos meus objetivos de vida. Tudo graças a ele. E ele não sabe porque ontem não tive coragem de falar o que merecia ser dito.

É incrível como certas pessoas passam pela nossa vida, fazem uma baita diferença e nem se dão conta disso. Por mais que nos falte coragem, acho que todos deviam agradecer pessoalmente a essas pessoas na primeira oportunidade. Dinheiro é uma coisa fantástica e eu queria ter uma coleção dele, mas não tem dinheiro no mundo que tenha o valor de um “muito obrigado”. O reconhecimento de que sim, fizemos a diferença no mundo, nem que seja pra uma pessoa só, mas a nossa vida ficou de alguma forma marcada no tempo, deve ser uma emoção indescritível.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Simpatizante com S maiúsculo!

Hoje (na verdade ontem, mas como eu ainda não dormi, é “hoje”) é o dia internacional contra a homofobia. E eu não vou falar sobre isso. Vou falar é do amor que eu tenho pela cultura gay.

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É incrível, mas no quesito cultural, tudo que é gay é melhor. Qual meu seriado de TV favorito? Will & Grace. Qual o meu romance preferido? Brokeback Mountain (pense em um ser humano que chora só de ouvir a trilha sonora). Qual minha comédia preferida? Será Que Ele É?. Qual a melhor trilha sonora já feita? a de Velvet Goldmine. Qual o melhor filme do Al Pacino depois de O Poderoso Chefão? Um Dia de Cão. Qual meu personagem histórico mais amado? Napoleão Bonaparte e Alexandre, o Grande empatados em primeiro lugar. Não há nenhum indício sobre Nana, mas o Alexandre….E música? Digo sem medo de errar que uns 75% da minha playlist tem um pelo menos um pezinho no arco íris. E entre os preferidos a proporção cresce ainda mais: Freddie Mercury é divo; David Bowie é ídolo; Renato Russo é paixonite recente; Morrissey é divindade; MGMT é o que há de melhor na atual cena musical. Dos 5 citados, só o MGMT não saiu do armário ainda, mas eu desconfio fortemente.

Com essas referências, basta me dizer que é GLBT que eu vou ler/ouvir/assistir/pesquisar sobre. Aí você pensa: A Gabriela deve ter um milhão de amigos gays. Pois é, não tenho nenhum. Nunca tive. Pra não dizer que nuunca tive, tinha um moleque na minha sala e a gente conversava de vez em quando e T. tem um monte de amigas lésbicas e a gente se fala vez ou outra. Mas nada demais, nada de ter o tal “melhor amigo gay”. Geralmente é desse jeito mesmo, amigos de amigos, mas nunca meus amigos.

Porque? sei lá, ser gay é um ótimo motivo para que eu assista um filme, mas não torna ninguém melhor ou pior do que ninguém, não muda caráter, é apenas mais uma característica da personalidade e por um simples acaso eu nunca conheci ninguém cujo santo batesse tão bem a ponto de se criar uma grande amizade. E o meu mundo ideal é um mundo assim. Não quero que todos sejam amigos e se amem, apenas que ninguém desconsidere falar com alguém pela sua sexualidade. E nem dê preferência a ninguém pelo mesmo motivo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Abaixo ao sistema!

Hoje passei por uma situação onde meu lado preocupado com a humanidade teve que se manifestar, mas antes, uma introdução:

Em transportes públicos, apesar de proibido, é normal ver pessoas vendendo doces, balas e chocolates ou simplesmente pedindo dinheiro. Eles sempre começam com aquele papo de que tem que sustentar mils pessoas, e podiam estar matando, roubando etc. Eu muito raramente compro alguma coisa, pois sempre desconfio. Lá no fundo sempre sinto que sim, ele poderia estar em um trabalho “comum” e não está porque não quer ou que aquele dinheiro não vai servir para compra comida, e sim qualquer outras coisa mais relaxante e proibida. Pode ser preconceito da minha parte, tenho noção disso, mas sempre desconfio e por isso nunca compro ou dou dinheiro.

Introdução feita, voltemos ao dia de hoje:

Estava eu, dentro do ônibus, depois de um saudável almoço no McDonald’s a caminho do trabalho, quando de repente entrou um moço e começou a vender chocolate. Minha reação inicial, quando ele terminou de falar e nos abençoar e foi recolher os chocolates ou o dinheiro de quem ia comprar, foi devolver o chocolate ao moço. E então pensei: porque não arruma um emprego? até eu arrumei. Pode não ser um sonho, mas pelo menos não to em casa coçando. E então me veio a cabeça que eu sou jovem e faço faculdade, aquele cara devia ter uns 40 anos e sabe-se lá até que ano estudou, é possível que nem o fundamental tenha terminado. Que tipo de emprego um cara assim consegue? alguma porcaria que não deve pagar nem um salário mínimo direito. E quem me garante que ele não trabalha a noite e faz aquilo para complementar a renda? é muito fácil julgar os outros quando não se está na pele deles. E sinceramente, desculpem-me o clichê, mas sim, ele poderia estar matando, poderia estar roubando. Entrar em um ônibus com uma faca e roubar a carteira de alguém é muito mais simples do que vender chocolate. E mais rentável também.

E, poxa, na última sexta-feira eu não tive dó em pagar uma quantidade razoável de dinheiro em um celular cujo valor não vai fazer a menor diferença na vida dos donos da Samsung. Minutos antes não tive dó em gastar R$ 10,00 em um lanche que vale no máximo R$ 5,00, em uma empresa multinacional que tem um lucro absurdo. E ali, naquela hora, eu ia ficar pensando se devia ou não gastar R$ 1,00 para ajudar alguém que realmente precisa daquele dinheiro? Eu nunca parei para me perguntar se devo mesmo patrocinar uma rede de fast food que paga uma salário miserável para os seus funcionários. Eu não faço a menor ideia das condições de vida das pessoas que montaram o meu celular. Nunca julguei nada disso, porque agora eu iria julgar alguém que eu mal conheço para saber se ele realmente merece ganhar UM REAL?

Chamei o moço e comprei o chocolate. Pode ser que aquele R$ 1,00 vire uma garrafa de cachaça. Ou pode ser que vire o pão que os filhos dele vão comer no  café da manhã. Nunca vou saber disso. Mas não é justo não ter pena de encher de Whisky o copo de quem já é rico e ficar de frescurite na hora de ajudar quem realmente precisa.

Não sou daquelas radicais que acha profundamente errado comprar algo dos grandes conglomerados, aqueles “opressores das massas”, no entanto, não custa nada prestar um pouco de atenção naqueles ao nosso lado.

Fácil, extremamente fácil…

Para mim os blogs tem um grande problema: a praticidade.

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Quando você vai escrever um texto para qualquer outra mídia, seja um jornal ou uma redação da faculdade, você realmente dedica (ou deveria dedicar) um tempo àquilo, pensar sobre o tema, amadurecer a ideia e tudo isso contribui para que um texto mais coeso e mais bem escrito saia dali. Já com o blog não, blogs são muito práticos, muito simples, um texto que acabou de ser escrito pode imediatamente ser publicado, não tem prazos, não tem metas, é tudo ao seu bel-prazer. Quando da vontade de escrever, basta ir lá e escrever, sobre o que quiser, quando quiser e postar imediatamente. Tudo muito simples, tudo muito rápido. Mas e a ideia?

Ideias são como flores, precisam de tempo e cuidado para chegarem em seu auge, se colhidas pequenas ainda não tem tanta beleza, mas se demorar demais elas perdem o brilho e o perfume.

Tem muito post aí com muito potencial, que acabam ficando pela metade, pois não houve aquele tempo necessário para que se desenvolvessem. E digo isso por mim mesma, todo esse tempo em que escrevei “você”, na verdade queria dizer “eu”. Comigo funciona assim. Muitos posts meus começam com um assunto, ou abordagem, e terminam em outro totalmente diferente. Alguns acabam sendo partidos e transformados em duas, três postagens. E muitas vezes em nenhuma delas eu consigo colocar no “papel” tudo o que queria, ou exatamente da maneira que pensava.

Alguma vezes sinto que passei demais por cima de algo, ou faço questão de chamar a atenção para pontos nem tão conectados, não aprofundo o que importa, ou aprofundo demais o que não estava nos planos. Até tento editar, mas o pensamento inicial nunca é igual ao final e sai tudo diferente. As vezes melhor, as vezes pior.

E acho que aí reside uma vantagem dos blogs: eles são espontâneos. Por ser reflexo do que está na cabeça do autor na hora do post, acho que nada pode ser tão espontâneo. Pode não ter a profundidade de uma tese de mestrado mas tem a espontaneidade digna daqueles que só querem falar e não fazem tanta questão de mudar o mudo.

A revoada dos urubus

Alguém me explica uma coisa? Porque diabos agora se fala tanto no Charlie Sheen?

charlie_sheen

Na época em que o Two and A Half Men estava pra acabar, tudo bem, é uma série de muito sucesso e tralálá, mas ele já saiu faz um bom tempo e quase todo dia tem uma matéria – totalmente inútil – sobre o cara em algum jornal.

Hoje entro no Estadão e logo na página inicial, com um grande destaque, vem a manchete:

Charlie Sheen pegou US$ 10 milhões emprestado da Warner, diz site

“E daí?” pergunto-me.

Tudo o que ele tem feito nos últimos meses é beber, usar drogas, falar merda, “casar” com atrizes pornôs e causar confusão. E a mídia, e seus espectadores, assistem a tudo como se fosse um grande espetáculo da Broadway, uma comédia cheia de ação, sexo e aventura ao vivo! Uau! Só que ninguém parece se dar conta de que, não, não é um espetáculo, é um ser humano de verdade cuja auto-destruição está sendo patrocinada por um bando de urubus em cima da carniça que não veem a hora do próximo passo, que pelo bem da audiência tem de ser repleto de bizarrices e emoção, para todo mundo poder fazer piada até ninguém mais aguentar. Aí ele é simplesmente esquecido e vira mais uma história dos bastidores das séries norte americanas.

Isso tudo me lembra os grandes Rock Stars de antigamente. Porque venhamos e convenhamos, por mais louca que a Amy Winehouse seja, ela é uma só, há algumas décadas nós tínhamos Ozzy, John Bonham, Jim Morrison, Keith Moon, Janis Joplin e mais um monte de gente para encher os tabloides de notícias de overdoses e destruições de hotéis. E todo mundo adorava. Quem nunca sonhou em atirar uma televisão da janela do hotel? eu já! “Sexo, drogas e rock n’roll” é o lema daqueles que sabem viver.

Sabem mesmo? Se pararmos para pensar, quase ninguém leva uma vida daquelas, não por falta de coragem ou talento, e sim porque ninguém quer. Nós glamourizamos a decadência, a auto-destruição, ver uma pessoa se entupir de drogas, se enfiar em brigas, pegar o maior número de DSTs possível e se acabar em dívidas, é uma coisa legal. É divertido. E é por isso que fazem tanta questão de acompanhar todos os passos de Sheen, ele é a nova Britney. Mas ela conseguiu sair do buraco e dar a volta por cima. E ele? será que consegue? ou será mais uma vítima da nossa sede por finais inesquecíveis (afinal, dar a volta por cima é muito chato)?

domingo, 15 de maio de 2011

Fafá

Esse gaúcho que fala grosso e canta com voz de Fafá de Belém é bom pra caramba!

Quando eu o vi pela primeira vez, no Altas Horas, não gostei. Achei bem fraquinho, mas aí ele cantou outra música, fui gostando… e agora não paro de ouvir.

Engraçado, faz uns 3 posts que eu não paro de por vídeo aqui, estou numa vibe de expressão musical. Pra que escrever se já tem gente que canta tudo o que penso?

ps: esse vídeo, apesar do nome, nada a ver tem com o post anterior.

ps2: “nada a ver tem” – curtiram a ordem invertida?

PS3: também quero um =P

ps4: roubei a piada de cima do Judão, a milênios li isso por lá e achei genial.

ps5: o Judão nunca mais foi o mesmo depois de ir pra MTV. O Borbs tem/tinha programa lá! Como assim??? estragou tudo!

Mais um!

Crime e castigo

Existem princípios que a gente não deve abrir mão, por mais alto, forte, cheiroso, charmoso, educado e simpático que o moreno seja.

…se ele faz com ela, VAI fazer comigo…

domingo, 8 de maio de 2011

Non, rien de rien!

Eu já me arrependi de algumas coisas que fiz e deixei de fazer, no entanto, é a música que fala justamente o contrário disso a que mais gosto de Edith Piaf.

Estas imagens são do filme, não da verdadeira Piaf

Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado
!

Com minhas lembranças
Acendi o fogo
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles
!

Varridos os amores
E todos os seus "tremolos"
Varridos para sempre
Recomeço do zero
.

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo me é bem igual
!

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você
!

E um dos principais motivos de eu gostar tanto desta canção é o fato dela ser a única coisa totalmente em francês que eu sei cantar do início até o fim. Sim, estou tirando onda.

Francês é o idioma da minha vida. É poético, sexy, filosófico. É romântico e deprimente. É blasé e decadente. É cult e charmoso. Se fosse uma pessoa, seria viciado em anti-depressivos mas viveria com a intensidade de poucos. Ou vai ver esta é apenas a imagem romântica que eu tenho dos intelectuais e boêmios franceses, que andam fumando e soltando frases de efeito nas vielas de Paris.

Eu tenho poucos orgulhos linguísticos na vida, esta música é um deles justamente por ser francófona. Também tentei aprender La Bohème (versão do Aznavour) e Toreador (a ópera), mas sempre esqueço de algum trecho. Já Non, Je Ne Regrette Rien eu sempre lembro inteirinha mesmo sem ouvir tanto assim.

Essa música me causa um certo encanto, o desprendimento e a liberdade com os quais ela interpreta a letra, o jeito de quem viveu exatamente da forma que queria mesmo sabendo que sofreria por isso, e quem conhece sua história sabe o quanto ela sofreu, e ainda assim resolveu realizar seus próprios desejos sem se importar com os julgamentos alheios. É preciso coragem para encarar as coisas desta forma, sem se esconder, sem se encolher em um canto e seguir os planos traçados pela maioria dita normal. Viver é difícil, são muitas escolhas, muitas possibilidades e a morte está logo ali, a distância de uma janela no oitavo andar, de um vão no metrô, de uma rua movimentada. Nós podemos ir até ela quando desejarmos, ou sermos simplesmente atirados a ela por alguém sem dar ao menos permissão. Vivemos por um triz e ainda assim não sabemos viver, não sabemos porque viver, não sabemos o que fazer.

Quando ela diz que não se arrepende de nada, não se refere a ter vivido da forma certa ou errada, de ter feito as melhores ou as piores escolhas, e sim de ter feito as suas próprias escolhas, de não ter deixado ninguém decidir por ela. De ter feito tudo o que fez porque quis, porque na época parecia ser o melhor fazer. Ela foi dona do seu próprio caminho e agiu sem se importar com as flores e as pedras que apareceram no meio da jornada. Pouca gente tem coragem de fazer isso. E singularidades sempre me fascinam.

Auto-imagem

Dia desses eu estava conversando com T., e em algum momento ela me perguntou:

- Você acha que a sua aparência reflete o que você é?

- Você diz no sentido de que, se alguém olhar pra mim, só pela minha cara já vai ter uma ideia de quem sou eu? - respondi.

- Isso! Eu não acho que quem me vê andando na rua tem ideia de como eu sou...

- Nem eu! Acho que eu não me represento nem um pouco...

magical-weave-mirror

Agora, sabe-se lá porque, esse assunto voltou a minha a cabeça. Eu queria saber o que as pessoas pensam de mim ao me ver andando na rua, se é que alguém pensa alguma coisa.

Sempre que alguém fala de moda, diz que as suas roupas refletem a sua personalidade, por isso eu já tentei me conhecer pelo meu guarda-roupa e na época não concordei com a frase, mas pensando melhor, e escrevendo este post olhando para ele com a porta aberta, até que faz algum sentido sim. Mas ainda assim não acho que eu passe uma imagem verdadeira de mim, nem mesmo quando eu abro a boca pra falar acho que me represento direito. Meu rosto não me representa direito.

Tem gente que tem o que chamam de "estilo", que só de olhar para o rosto, as roupas, o tênis, o cabelo, da pra saber se é metaleiro, comunista, funkeiro, rico, metido, nerd, bullie, cult ou barraqueiro. Tem gente que no jeito de andar já mostra a personalidade. Eu não acho que eu faça parte deste grupo, eu me acho só mais uma na multidão, e de certa forma isso é legal. Não quero aparecer, não gosto, mas o post não é sobre ter vontade de aparecer e sim sobre ter uma personalidade tão marcante a ponto de qualquer um poder ver.

Mas vai ver é tudo culpa dos estereótipos. Graças as novelas, filmes, séries, livros, a mídia em geral, nós fazemos uma ideia fabricada das pessoas. Se você gosta de tal música, você tem que se vestir assim. Mas se fulana pintou o cabelo de verde, é porque ela tem tal jeito de pensar. E então quando a gente se identifica com algum tipo de pensamento e jeito de viver, começamos a querer nos parecer com o tipo físico atribuído a tal estilo de vida, só que nem sempre a gente se encaixa. E aí, como que fica? Nos transformamos para realmente ser do jeito que a sociedade espera, ou continuamos exatamente com a mesma cara de sempre, nos vestindo da maneira que gostamos, porém vivendo da maneira que queremos, mesmo sem se parecer fisicamente com aquela ideia? Eu não sei por qual caminho segui, até porque não sei que estilo de vida é esse que levo…

Eu queria poder parar alguém na rua e perguntar o que ela acha quando me vê, no entanto isso pode soar meio estranho, então eu simplesmente vou tentando pegar uma coisinha aqui e outra ali que, vez ou outra, um conhecido ou um amigo menos chegado deixa escapar.

Vegetarianos, gays/lésbicas e mosquitos: me perseguem. Onde eu vou tem um, ou quem eu menos espero se encaixa em uma das "classes". Sempre, incrível.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Eu ia falar, mas falaram ainda melhor antes de mim: http://deeestemperada.blogspot.com/2011/05/blog-post.html

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Compras: on ou off?

Estava eu, alegre e feliz, lendo o Orgulho Verde, quando de repente me deparei com a seguinte frase “Pecados Verdes”. E aí pensei: será que comprar pela internet é sustentável?

kixx

Antes que pensem que a associação não faz o menor sentido, poucos minutos antes eu havia fechado a compra de um livro de oratória. Sem contar as canecas do Calvin e Haroldo que eu comprei no último domingo. Tudo via internet. Por isso, logo o assunto veio a minha cabeça.

E então fiquei pensando: eu poderia muito bem ir até a loja física perto do metrô aonde vou todos os dias, comprar o livro e depois seguir a minha vida. Impacto ambiental zero.
Agora, se eu comprar pela internet, o livro vai ter que sair lá de Barueri (outra cidade), onde fica o estoque, dentro de um caminhão provavelmente movido a diesel, que lança trocentas toneladas de CO2 por Km rodado. Da mesma maneira, as minhas canecas, que eu não faço ideia da onde estão vindo, vão gastar bastante a gasolina dos Correios.

Tudo isso porque eu moro em São Paulo, agora imagina o caboclo que mora lá em Uruguaiana, no RS. O livro vai ter que ir de Barueri até Porto Alegre e de lá ser redistribuído para o interior e algum dia chegar no endereço de entrega. Perceberam a burocracia?

Claro que um livro que está na loja também teve que sair de algum lugar até chegar nas prateleiras, mas creio que não dê tanto prejuízo ambiental. Pois o livro sai do estoque, vai para a loja e da loja cada pessoa leva para a sua residência. Já em compras online, o livro sai do estoque para a transportadora, vai para o centro de distribuição da transportadora que o envia para o centro de distribuição regional, e de lá ele vai pra casa do cliente.

Eu estou dando o exemplo do livro porque é o mais próximo de mim, mas praticamente todas as vendas online são assim. Pensando no meio-ambiente, aparentemente esta não é a melhor opção. E socialmente também, se a gente for parar para pensar na quantidade de caminhões que rodam pelas cidades contribuindo para o aumento do trânsito, que não só polui, como tira qualquer um do sério. Com o aumento das vendas via internet, a tendência é que esse trânsito de caminhões aumente cada vez mais.

Seria o comércio online o novo inimigo oculto do mundo verdinho e perfeito que nós sonhamos? A resposta eu não sei, só sei que antes de pagar o boleto irei até a loja da Barra Funda ver se o livro está disponível e se o preço é o mesmo. Admito que, se for mais caro, irei comprar pela internet mesmo.
Gabriela primata, capitalismo selvagem.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Invasão

Dona ANNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNA deixou o note na nossa mão com a conta aberta...
COITADA

Ela é uma ótima pessoa, mas esse desvio de caráter que ela tem sendo carioca flamenguista dá uma bela duma estragada.

Eu vou deixar uma dica aqui para os leitores, nunca, eu disse NUNCA, pergunte sobre aborto pra essa garota, isso é clero se você deseja se manter saudável.

Adeus, pois logo que ela descobrir que usei o blog dela estarei morto.

domingo, 1 de maio de 2011

Freedom!


Faço as coisas já sabendo que vou me arrepender, e faço assim mesmo. O problema é que isso afeta outros além de mim, o que torna certas atitudes egoístas da minha parte.
Mas sinceramente? foda-se. Já passo tempo demais me preocupando com o que os outros vão pensar, tem hora que eu mereço chutar o balde e fazer o que eu bem entendo. E a possibilidade de acabar sozinha no final não me assusta tanto assim.
E o pior é duvidar de si mesma só pra descobrir que no final das contas estava certa desde o início. Preocupar-me, então, pra que? que se dane tudo e todos. Só salvo uma pessoa, uma que já estava em mente desde o início, uma que realmente faria falta se saísse da minha vida. E só essa.
Amizade é algo assustador.
E eu me sinto tão livre depois de fazer o que socialmente não devia. Vejo tanta gente sofrendo tentando manter relações falidas - de amor, família, amizade ou emprego - só porque fica bonito. Gente que se sacrifica por algo que não vale nada. Como dizem os SmithsPor que eu desperdiço um tempo precioso
Com pessoas que não se importam se eu estou vivo ou morto?
E quanta gente vive assim? todo dia reparo em várias. Eu não nasci pra isso, não tenho paciência, não tenho diplomacia, não tenho capacidade mental o suficiente para aguentar certas situações. 
Não sou rainha em criar amizades, apesar de conhecer bastante gente, nem sempre quero ficar perto de todo mundo. As vezes eu só quero ouvir o rádio. Não quero conversar. Falar pode valer a pena, mas não é sempre. E mesmo assim eu falo para caramba. Que coisa. Voltando às relações, as vezes sou fria demais, mas o que posso fazer se é assim que me sinto bem? 
Quero andar pela Paulista de manhã.
Este post está totalmente desconexo, e eu não bebi nada, antes que alguém pergunte.
Estou com vontade de deitar na grama e ouvir The Smiths até cansar. Só quero isso.
Eu já fiz um post sobre o Morrissey, mas a minha vontade é escrever tudo de novo, porque é verdadeiro demais. Não da pra explicar. No que diz respeito ao Moz, posso copiar o Renato Russo: É exagero, pode até não ser. O que você consegue, ninguém sabe fazer.

Ctrl+alt+del

Eu queria que existisse um botão "delete" na vida. A minha seria um tantão mais simples, mas também faria de mim mais covarde. 
Fácil é sair fugindo de tudo o que assusta, deprime, machuca. Difícil é encarar tudo de frente e sobreviver. 
Pra mim viver é isso, é passar por tudo e sair o mais próxima possível da palavra "ilesa". A felicidade não ensina nada.

As vezes eu acho que estou exagerando. Agindo por impulso por coisas pequenas. É que existem certas coisas que eu simplesmente não sei como lhe dar, não nasci para elas, apesar de toda a propaganda positiva. Nem todo mundo é capaz de fazer tudo o que é considerado normal, eu não sou capaz da mais normal e natural das coisas. E me sinto bem assim. 
As vezes.

Soneto dos sem rumo na vida

Eu queria que tudo fosse do jeito que eu quero.
Eu queria saber o que eu quero,
se realmente é o que eu desejo ou
pelo menos o que eu preciso.

Se realmente vai me deixar feliz
ou se vai ser apenas uma sensação 
passageira.
E seguida de culpa.

Não sei ao certo nem a palavra certa
pra definir exatamente o que eu sinto.
Eu não sei que sentimento é esse.

Se é culpa, angústia, frescura
auto-piedade ou compaixão.
Só sei que é igual ao que eu costumava sentir.

Incrível como eu escrevo mal
e cismei de fazer em versos.
O mundo não precisava disso.

Soneto do Paradoxo Comportamental

Antes eu não gostava de quem eu era.
Agora sinto saudades.
Vai passar.
Ou não.

Não sinto saudades de mim,
sinto daquela sensação de
que nunca terei nada e
de que tudo vai dar errado.

Era mais próxima da realidade,
do futuro e do passado
mais próxima de mim.

Mas não era verdadeira
as coisas não são desse jeito,
porque nada é tão simples assim.

Soneto da Não-poetisa

Eu procuro, procuro, procuro.
Finalmente acho.
 Só pra pouco tempo depois descobrir que foi tudo uma grande besteira,
onde quem mais se fode sou eu.

E mesmo assim eu não me arrependo...
só me sinto enganada,
largada
feita de idiota

E mesmo assim eu não me arrependo...porque eu também quis
eu permiti
por um momento eu fui feliz

Mas agora passou
a ficha caiu
a festa acabou

Hora de voltar a programação normal.
Mas voltar melhor do que antes
e mais atenta também