sábado, 22 de janeiro de 2011

Corra, Gabriela, Corra!


O ano de 2010 (que no meu caso começou em março de 2010 e terminou em janeiro de 2011) foi um ano tenso, ansioso e meio desesperador. Foi um ano de cursinho! Mas apesar de todo o sofrimento foi um dos anos mais importantes da minha vida. Eu posso sentir que eu amadureci e passei a me conhecer melhor. Antes eu tinha uma imagem de mim que não correspondia a realidade, eu me via como o que eu queria ser e não como eu era. Até os meus padrões do que é "bom" ou "ruim" mudaram. Fiz grandes amigas, aprendi a estudar, perdi o medo de falar em público (valeu Gildo!), tudo bem que eu não subia no palquinho, mas anos antes ler uma questão em voz alta pra uma turma com mais de 100 alunos era algo bem difícil, hoje em dia eu até gosto =D. Outra coisa, antes eu tinha um certo medo de falar com professores (bizarro, eu sei), eu simplesmente não conseguia manter um dialogo com um professor, não que agora eu seja a melhor amiga deles, mas eu consigo falar pelo menos. No entanto, reconheço que esse processo começou em 2009 com a minha professora de história. Ah, outra coisa! Eu perdi a vergonha de responder as perguntas em sala de aula, um certo professor de geografia que o diga... fiquei mais sociavel também, tendência que se acentuou agora em janeiro. Hoje eu sou uma pessoa simpática até. Mas o mais importante talvez, é que agora eu sei o que esperar de mim em momentos de pressão e incerteza, eu sei como eu vou reagir em momentos assim: entrando em crise e desespero. No entanto, eu sei que vou manter a calma na hora H.
Outra coisa, eu acho que foi bom eu não ter ido direto do terceiro pra faculdade. Esse ano de cursinho foi uma espécie de transição, eu fui deixando a Gabriela-do-colegial pra trás e dei espaço pra Gabriela-prestes-a-virar-gente-grande poder começar a existir. Eu ainda não sei como ela é, mas sou um papel em branco pra ela se desenvolver. Eu posso sentir que agora eu estou entrando em uma estrada sem volta, estou sendo empurrada pra uma nova e desconhecida realidade. Não me refiro só a faculdade, me refiro a tudo. Hoje eu vejo as coisas de um modo diferente e sinto que muita coisa nova vai acontecer, só não sei o que. E sinto também que esse ano de cursinho, onde eu perdi certos vícios do ensino médio, me preparou pra tudo isso.
É, parece que eu, a cética, estou acreditando em intuição!