sábado, 22 de janeiro de 2011

I'm eighteen and I like it... or not.


Eu estou me sentindo uma criança no primeiro dia de aula, atirada de uma hora pra outra numa realidade diferente. Se o vestibular já era uma pressão dos infernos, eu sinto que é agora que a brincadeira de verdade vai começar. As pessoas tem expectativas pra mim, eu tenho que ir bem na faculdade, arrumar um bom emprego, um futuro marido, eu tenho que dar um rumo pra minha vida. Enquanto eu estava no colégio, eu só tinha que passar de ano e no ano seguinte vinha a série seguinte, com matérias predeterminadas pra eu estudar. Agora não, eu decidi o que eu vou estudar e eu TENHO que aprender, porque a minha profissional vai depender disso. Eu não tenho como voltar atrás, como voltar a ser criança e deixar tudo isso pra trás, daqui a poucos meses eu terei 18 anos. 18 anos! É uma espécie de marco: antes dos 18 eu era uma espécie de criança grande autorizada a fazer besteira, depois dos 18 eu tenho que ser responsável, tenho que ter certeza do que eu quero, tenho que agir com maturidade, tenho que aprender a ser grande. E a inevitabilidade disso é assustadora, entretanto, apesar disso, o meu sentimento não é de medo, é uma coisa estranha que eu não sei definir. Eu sinto que eu vou errar muito, fazer muita besteira, mas agora é diferente. A partir de 2011 eu tenho permissão pra errar uma única vez e não repetir o mesmo erro nunca mais, e a recuperação tem que ser rápida. Nada de ficar dias chorando na cama sem sair de casa, é cair, levantar, identificar o obstáculo que me fez tropeçar e seguir em frente, mais forte e melhor que antes. Um mundo me aguarda, cabe a mim definir que mundo será esse. Eu posso fazer tanta coisa, ou posso não fazer nada. É tudo tão incerto, cheio de possibilidades... a vida é uma aventura.