domingo, 20 de fevereiro de 2011

Imprensa golpista?



Mas ler o que? eis a questão. Eu me decepcionei profundamente com o Observatório de Imprensa, considerado um oásis de auto-crítica inteligente da mídia em geral. A Piauí é ótima, mas não se encaixa na descrição "jornais que não sejam dos grandes conglomerados". Na verdade, acho que o boca-a-boca, blogs e jornais não-comerciais são a melhor fonte quando o assunto é "subversão". Caso contrário, em qualquer jornal que visa o lucro, estamos sempre a mercê das vontades dos patrocinadores e da vontade de vender dos donos, por mais que os jornalistas tenham boa vontade. O que fazer então? não acreditar em tudo o que se lê ou ouve por aí já é básico. Pensar e criticar - positiva ou negativamente - as informações que se recebe devia ser básico também. É preciso estar sempre de olho, duvidar do que dizem jornalistas, colunistas, supostos especialistas, autoridades, políticos, colegas, professores, blogueiros. Claro que não é pra viver na paranóia, mas também não se pode ser ingênuo e engolir qualquer coisa que jogam na nossa cara. Se você acha que está errado, discorde. Não é só porque fulano falou que está certo. Se ele estiver certo mesmo, mais cedo ou mais tarde você vai se convencer. Mas aí é preciso ter humildade. Ter a mesma opinião a vida inteira NÃO é motivo de orgulho nem sinal de personalidade, é sinal de bitolação e egocentrismo. Ninguém está certo sobre tudo o tempo todo, é preciso ter sempre coragem e vontade de admitir que sim, eu errei. Se eu tinha tal opinião e agora eu vejo que eu estava errada, o mais sensato a fazer é admitir isso e mudar de opinião. Isso não é ser hipócrita, fraco ou manipulável. Hipocrisia é defender uma causa acreditando em outra, fraqueza é não ter força pra reconhecer os próprios erros e manipulável é quem acredita em qualquer coisa e toma isso como lei, sem pensar se realmente faz sentido. Isso vale pra jornalistas e leitores, pra alunos e professores. Mas se você acredita continue acreditando, pelo menos até alguém te convencer do contrário. Não é porque o William Bonner falou, ou deixou de falar, que tal coisa é certa, errada ou não existe.
Se você acha que o que eu disse não faz o menor sentido, continue assim. Afinal, quem sou pra ditar o certo e o errado?