terça-feira, 31 de maio de 2011

Ça va?

Ontem vi meu antigo professor de francês na estação Barra Funda. Na hora meu coração derreteu e eu fiquei morrendo de vontade de falar com ele mas tive vergonha e fiquei na esperança que ele me visse e falasse comigo.

Hum, que pretensão a minha, pensar que lembraria de mim depois de quase dois anos. Não fui uma aluna tão marcante assim… au contraire (já diria o Sheldon)!
Praticamente abandonei o curso no último mês por incapacidade de apresentar um trabalho, em francês, sozinha, na frente da sala toda. Mais uma vez tive vergonha e essa vergonha me envergonha. Eu fui covarde. Larguei o curso que mais amei fazer na vida por covardia. Arrependo-me até hoje disso, assim como me arrependi de não ter falado com ele ontem, me arrependi na hora, quando o vi virando à direita e indo embora.

Devia ter dito como ele foi importante na minha vida. Ele nem deve sonhar com isso, mas fez parte de um dos melhores momentos dela e fez a língua francesa evoluir de uma coisa legal para uma paixão, aprende-la de verdade é um dos meus objetivos de vida. Tudo graças a ele. E ele não sabe porque ontem não tive coragem de falar o que merecia ser dito.

É incrível como certas pessoas passam pela nossa vida, fazem uma baita diferença e nem se dão conta disso. Por mais que nos falte coragem, acho que todos deviam agradecer pessoalmente a essas pessoas na primeira oportunidade. Dinheiro é uma coisa fantástica e eu queria ter uma coleção dele, mas não tem dinheiro no mundo que tenha o valor de um “muito obrigado”. O reconhecimento de que sim, fizemos a diferença no mundo, nem que seja pra uma pessoa só, mas a nossa vida ficou de alguma forma marcada no tempo, deve ser uma emoção indescritível.