quarta-feira, 18 de maio de 2011

Simpatizante com S maiúsculo!

Hoje (na verdade ontem, mas como eu ainda não dormi, é “hoje”) é o dia internacional contra a homofobia. E eu não vou falar sobre isso. Vou falar é do amor que eu tenho pela cultura gay.

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É incrível, mas no quesito cultural, tudo que é gay é melhor. Qual meu seriado de TV favorito? Will & Grace. Qual o meu romance preferido? Brokeback Mountain (pense em um ser humano que chora só de ouvir a trilha sonora). Qual minha comédia preferida? Será Que Ele É?. Qual a melhor trilha sonora já feita? a de Velvet Goldmine. Qual o melhor filme do Al Pacino depois de O Poderoso Chefão? Um Dia de Cão. Qual meu personagem histórico mais amado? Napoleão Bonaparte e Alexandre, o Grande empatados em primeiro lugar. Não há nenhum indício sobre Nana, mas o Alexandre….E música? Digo sem medo de errar que uns 75% da minha playlist tem um pelo menos um pezinho no arco íris. E entre os preferidos a proporção cresce ainda mais: Freddie Mercury é divo; David Bowie é ídolo; Renato Russo é paixonite recente; Morrissey é divindade; MGMT é o que há de melhor na atual cena musical. Dos 5 citados, só o MGMT não saiu do armário ainda, mas eu desconfio fortemente.

Com essas referências, basta me dizer que é GLBT que eu vou ler/ouvir/assistir/pesquisar sobre. Aí você pensa: A Gabriela deve ter um milhão de amigos gays. Pois é, não tenho nenhum. Nunca tive. Pra não dizer que nuunca tive, tinha um moleque na minha sala e a gente conversava de vez em quando e T. tem um monte de amigas lésbicas e a gente se fala vez ou outra. Mas nada demais, nada de ter o tal “melhor amigo gay”. Geralmente é desse jeito mesmo, amigos de amigos, mas nunca meus amigos.

Porque? sei lá, ser gay é um ótimo motivo para que eu assista um filme, mas não torna ninguém melhor ou pior do que ninguém, não muda caráter, é apenas mais uma característica da personalidade e por um simples acaso eu nunca conheci ninguém cujo santo batesse tão bem a ponto de se criar uma grande amizade. E o meu mundo ideal é um mundo assim. Não quero que todos sejam amigos e se amem, apenas que ninguém desconsidere falar com alguém pela sua sexualidade. E nem dê preferência a ninguém pelo mesmo motivo.