terça-feira, 17 de maio de 2011

Fácil, extremamente fácil…

Para mim os blogs tem um grande problema: a praticidade.

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Quando você vai escrever um texto para qualquer outra mídia, seja um jornal ou uma redação da faculdade, você realmente dedica (ou deveria dedicar) um tempo àquilo, pensar sobre o tema, amadurecer a ideia e tudo isso contribui para que um texto mais coeso e mais bem escrito saia dali. Já com o blog não, blogs são muito práticos, muito simples, um texto que acabou de ser escrito pode imediatamente ser publicado, não tem prazos, não tem metas, é tudo ao seu bel-prazer. Quando da vontade de escrever, basta ir lá e escrever, sobre o que quiser, quando quiser e postar imediatamente. Tudo muito simples, tudo muito rápido. Mas e a ideia?

Ideias são como flores, precisam de tempo e cuidado para chegarem em seu auge, se colhidas pequenas ainda não tem tanta beleza, mas se demorar demais elas perdem o brilho e o perfume.

Tem muito post aí com muito potencial, que acabam ficando pela metade, pois não houve aquele tempo necessário para que se desenvolvessem. E digo isso por mim mesma, todo esse tempo em que escrevei “você”, na verdade queria dizer “eu”. Comigo funciona assim. Muitos posts meus começam com um assunto, ou abordagem, e terminam em outro totalmente diferente. Alguns acabam sendo partidos e transformados em duas, três postagens. E muitas vezes em nenhuma delas eu consigo colocar no “papel” tudo o que queria, ou exatamente da maneira que pensava.

Alguma vezes sinto que passei demais por cima de algo, ou faço questão de chamar a atenção para pontos nem tão conectados, não aprofundo o que importa, ou aprofundo demais o que não estava nos planos. Até tento editar, mas o pensamento inicial nunca é igual ao final e sai tudo diferente. As vezes melhor, as vezes pior.

E acho que aí reside uma vantagem dos blogs: eles são espontâneos. Por ser reflexo do que está na cabeça do autor na hora do post, acho que nada pode ser tão espontâneo. Pode não ter a profundidade de uma tese de mestrado mas tem a espontaneidade digna daqueles que só querem falar e não fazem tanta questão de mudar o mudo.