terça-feira, 19 de abril de 2011

Pirataria nas ondas do rádio…

(continuando)

Depois do momento único no show do Sesc, cheguei em casa podre de cansada e fui dormir às 2h30 da manhã. O problema é que eu tinha combinado de encontrar T. no metrô às 8h30. Não quis nem saber, levantei às 7h e 8h já estava lá, com sono e dolorida mas feliz.
O objetivo era ir num show de música eletrônica (ela curte, eu fui ver como era, afinal eu não gosto de rock, gosto de música) na Sé (centrão de SP), chegando lá encontramos o apocalipse zumbi. Pessoas (leia-se, de cada 10, 9,5 eram homens) que estavam ali há no mínimo umas 12h, usando drogas sem parar. Se fossem drogas normais, tipo maconha e vinho com 97% de álcool custando R$ 2,00, beleza, mas o pessoal ali estava beeem mais acabado. O centro de São Paulo costuma ser assustador, mas nunca do jeito que estava no último domingo.
Eu e T. desistimos de ficar lá e fomos a Igreja (!) que ficava em frente a festa: o mosteiro de São Bento. E o mais bizarro é que na escadaria da igreja, tinham pessoas caídas de tão bêbadas e/ou drogadas, um casal de homens se agarrando e pessoas apodrecidas viajando. Enquanto lá dentro acontecia uma missa como se o mundo lá fora estivesse perfeitamente normal. Entramos lá dentro, vimos um pedacinho da missa, tomei banho de água benta, chegamos a conclusão que a arquitetura era barroca (?) e fomos embora atrás do Cine Sesc para ver O Mágico de Oz já devidamente sincronizado com o Dark Side of The Moon.
Só pra chegar lá e descobrir que a versão sincronizada tinha passado às 2h, e que a que ia passar agora era a versão normal e dublada. Nem quis ver. Ficamos rodando e nos perdendo pela Paulista, na feirinha do Masp, no parque, T. roubou uma revista de um parque qualquer, andei atoa a Augusta quase toda atrás de uma lanchonete vegan que vende o melhor suco de caju do universo só pra descobrir que estávamos do lado errado. Como a preguiça foi mais alta, fomos até o shopping comer no Subway. E aqui cabe um parênteses:
Cara, como é difícil comer nesse troço! Não tinha nada indicando o que era opcional ou não, o que me fez montar o sanduíche sem ter a menor noção de quanto custaria. E se ficasse uma fortuna? eu dizer que desisti da compra e sair correndo? sorte a deles que ficou “barato”!
Voltando, como a vontade de tomar suco era grande, fomos até a casa do pão de queijo (!) e num momento de loucura tomamos um suco de cenoura com laranja, beterraba e pó de guaraná! Que troço ruim! (aqui vale um parênteses de verdade: a nossa última refeição juntas tinha sido chocolate com ketchup e suco de goiaba. Temos problemas).
Tudo isso para encontrar o povaredo, ouvir as duas últimas músicas do show do Frejat, torrar no sol, ver a Blitz e depois descobrir que eu não sei nada de RPM e que o Paulo Ricardo continua dando um caldo mesmo depois de velho. Pular e cantar músicas que eu não sabia a letra também fizeram parte do pacote.
Resultado: cheguei em casa morrendo de dor nas pernas e na sola dos pés (!), com fome e sede, mais pobre que há dois dias atrás e tendo que acordar gripada às 6h da manhã do dia seguinte.
Que a próxima virada chegue logo porque essa foi pouco!

ps: ainda faltou comentar do psicopata do metrô, da Igreja Ortodoxa que entramos depois da de São Bento e que é uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida e de como eu odeio o circo. Isso tudo fica pro futuro.