quinta-feira, 8 de março de 2012

A anti-social

Eu estou tão entediada de tudo. Não consigo ficar mais de 5 minutos no Facebook, que tudo me enjoa. As mesmas piadas, as mesmas histórias, o mesmo tudo e nada do que me interessa está lá, se bem que nem eu sei exatamente o que está me interessando agora…

Bem, depois muito procurar finalmente achei um hobbie pra ocupar o vazio que a internet deixou em minha vida nas últimas semanas: voltei a assistir séries de TV. Foram 42 episódios de The Big Bang Theory em 3 dias (acabei a 4 e a 5 temporadas \o/) e hoje assisti toda a primeira temporada de The Walking Dead (a segunda já está sendo providenciada). Isso me deixa feliz por dois motivos: 1) achei algo pra fazer do meu tempo livre e 2) estou voltando a minha velha forma. Antigamente eu acompanhava religiosamente vários seriados, era o que poderia se chamar de nerd, mas depois parei. Fico muito feliz de recuperar essa parte de mim, que fica refletindo sobre como sobreviver a um ataque zumbi. E foram justamente os zumbis que me trouxeram aqui.

Obviamente um seriado que fala sobre o apocalipse zumbi, fala muito sobre morte. Ele é praticamente só sobre morte e sobrevivência, uma vez que zumbis são mortos-vivos e os ainda não mortos estão tentando continuar assim. E o legal disso é ficar se imaginando naquela situação, sentindo uma agonia absurda toda vez que um “andarilho” aparece com fome de carne fresca e se desesperando pra que os personagens consigam sobreviver. Mas, e agora vou contar um meio spoiler, alguns personagens decidem deixar de tentar viver em certo episódio e eu pensei comigo mesmo “por pior que fosse a situação, eu não ia ficar, eu tentaria sobreviver de qualquer maneira, e creio que eu conseguisse”. Eu sou sempre muito otimista e acho que as coisas vão dar certo, e então eu me lembrei. Eu me lembrei, pela primeira vez em muito tempo, que sim, eu vou morrer. Não importa quantas vezes eu engane a morte, não importa, uma hora eu vou morrer. E essa constatação óbvia me pegou em cheio. Eu vou morrer. Quando? pode ser agora, espero que seja daqui a 60 anos, porém, não importa, de um jeito ou de outro, eu vou morrer. Ninguém fala de morte no Facebook.
E não sou eu quem vai puxar o assunto.

Acho que estou tão perdida e ocupada tentando dar um rumo a minha vida enquanto ela ainda existe, que perdeu a graça ficar rindo de imagens engraçadinhas na já mencionada rede social. Eu quero algo mais no momento, estou me sentindo vazia. Não estou criticando ninguém em particular e muito menos no geral, só não estou com humor pro “face” agora e não vejo nenhum problema nisso. Vou continuar nas minha séries, ao menos elas me fazem sentir alguma coisa.